Orquestra Sinfônica da Paraíba celebra 80 anos com concerto especial no Theatro Santa Roza nesta quinta (20)

A Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB) celebra seus 80 anos de fundação com um concerto especial nesta quinta-feira (20), às 20h, no tradicional Theatro Santa Roza, em João Pessoa. A apresentação tem entrada gratuita, mas os ingressos serão distribuídos na bilheteria do teatro a partir das 19h.

Sob a regência do maestro Gustavo de Paco de Gea, atual regente titular e músico que vivenciou a reativação da orquestra nos anos 1980, a noite comemorativa promete um repertório marcante que revisita momentos históricos da música sinfônica mundial e regional.

O repertório

A abertura será com “Uma Noite no Monte Calvo”, poema sinfônico de Modest Mussorgsky, seguido por duas obras do movimento armorial compostas por maestros pernambucanos:

• “No Reino da Pedra Verde”, de Clóvis Pereira

• “Gavião”, de Cussy de Almeida

Para encerrar, a OSPB executa uma das mais célebres obras do repertório sinfônico: a “Sinfonia nº 9 (Do Novo Mundo)”, de Antonin Dvorák.

80 anos de história

Fundada em 4 de novembro de 1945, a OSPB nasceu da iniciativa de intelectuais liderados pelo professor Afonso Pereira, então presidente da Sociedade de Cultura Musical da Paraíba. Maestros e músicos como Francisco Picado, Camilo Ribeiro e Joaquim Pereira foram responsáveis por iniciar uma trajetória que rapidamente se tornou parte essencial da vida cultural do estado.

O primeiro concerto da orquestra aconteceu em 29 de maio de 1946, sob a regência de Francisco Picado. Durante seus primeiros 20 anos, a OSPB viveu intensa atividade, até enfrentar, na década de 1960, uma pausa por dificuldades estruturais.

A retomada veio em 1980, com um convênio entre o Governo do Estado e a UFPB, que reativou e fortaleceu a instituição. Desde então, a OSPB consolidou-se como referência na música erudita do Nordeste, sendo reconhecida em 2019 como Patrimônio Histórico e Cultural da Paraíba.

O maestro Gustavo de Paco

Argentino de nascimento e radicado na Paraíba desde 1978, Paco construiu uma trajetória que o tornou um dos nomes mais importantes da música sinfônica da região. Flautista, professor, fundador de grupos de música de câmara e maestro com atuação no Brasil e no exterior, ele está à frente da OSPB desde 2022.