O cinema mundial perdeu um de seus maiores nomes. O ator e cineasta Robert Redford morreu nesta terça-feira (16), aos 89 anos, em sua casa em Sundance, no estado de Utah, onde vivia cercado pela natureza. A notícia foi confirmada por sua assessora, Cindi Berger. A causa da morte não foi divulgada.
Nascido na Califórnia, filho de um leiteiro, Redford enfrentou uma infância difícil e chegou a perder a bolsa de estudos na Universidade do Colorado por problemas com bebida. Após uma temporada na Europa, iniciou a carreira artística nos anos 1950, com participação em séries de TV, até brilhar na Broadway em Descalços no Parque, peça que mais tarde estrelou também no cinema ao lado de Jane Fonda.
Redford se consolidou como astro em sucessos como Butch Cassidy & Sundance Kid (1969), Golpe de Mestre (1973) e Todos os Homens do Presidente (1976). Em mais de seis décadas de carreira, acumulou prêmios importantes: venceu o Oscar de Melhor Diretor por Gente como a Gente (1980) e recebeu um Oscar honorário em 2002 pelo impacto de sua trajetória.
Apaixonado pela sétima arte, fundou o Sundance Institute, responsável por impulsionar o cinema independente e dar origem ao Festival de Cinema de Sundance, hoje um dos mais prestigiados do mundo. Ambientalista convicto, dedicou sua vida também à preservação da natureza em Utah, embora rejeitasse o rótulo de ativista.
Na vida pessoal, Redford foi casado desde 2009 com a pintora alemã Sibylle Szaggars, e deixou duas filhas, Shauna e Amy, do casamento anterior com Lola Van Wagenen. O ator também viveu dramas familiares, como a morte do bebê Scott, ainda nos primeiros meses de vida, e do filho James, vítima de câncer em 2020.
Ícone de talento, elegância e compromisso cultural, Robert Redford deixa um legado que vai muito além das telas: um nome gravado para sempre na história do cinema e da arte mundial.
