Dólar opera em forte alta, com desvalorização do petróleo; Ibovespa oscila

Cédulas de dólar — Foto: bearfotos/Freepik

 

O dólar opera em alta nesta terça-feira (15), em um dia de agenda econômica mais fraca aqui e lá fora, mas com uma queda acentuada de cerca de 5% nos preços do petróleo nos mercados internacionais, o que pesa contra a moeda brasileira.

A commodity vive um dia de baixa com as notícias de que Israel está considerando atacar apenas instalações militares iranianas, sem afetar as instalações petrolíferas ou militares.

No Brasil, o destaque fica com a notícia de que a equipe econômica do presidente Lula pode lançar um pacote de medidas para cortar gastos públicos após as eleições.

Os mercados globais também repercutem novos resultados corporativos nos Estados Unidos. Hoje, os destaques ficam com os balanços de algumas importantes empresas do setor financeiro norte-americano, com destaque para Bank of America, Citigroup e Goldman Sachs.

Esses números são observados com atenção porque mostram como anda a economia do país para suas companhias e quais as expectativas para os próximos meses, sobretudo em um momento em que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começou a cortar suas taxas de juros, hoje entre 4,75% e 5,00% ao ano.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

         Dólar

Às 10h50, o dólar subia 1,07%, cotado a R$ 5,6419. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,58%, a R$ 5,5821.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,58% na semana;
  • avanço de 2,48% no mês;
  • ganho de 15,04% no ano.

    Ibovespa

    No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,59%, aos 130.308 pontos.

    Na véspera, o índice subiu 0,78%, aos 131.005 pontos.

    Com o resultado, acumulou:

    • alta de 0,78% na semana;
    • perdas de 0,62% no mês;
    • recuo de 2,37% no ano.

    O que está mexendo com os mercados?

    Dados do Governo Federal, conforme mostrou o blog do Valdo Cruz, mostram um aumento nos gastos com benefícios sociais, em um momento em que a economia está crescendo e gerando novas preocupações em relação à inflção.

    Uma economia aquecida, com mais dinheiro na mão da população, tende a pressionar a inflação, que já vem subindo puxada pelos itens de preços monitorados, com destaque para energia elétrica.

    Nesse sentido, o governo pode propor mudanças em regras de benefícios como abono salarial, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e seguro-desemprego para corrigir falhas e distorções nestes programas.

    Além disso, no exterior, destaque para os balanços corporativos. Os bancos Bank of America, Citigroup e Goldman Sachs apresentaram resultados melhores que os projetados pelo mercado em seus balanços referentes ao terceiro trimestre, divulgados nesta manhã. Apesar de superarem as projeções, alguns números vieram piores que os do ano passado.

    O Bank of America reportou uma receita 0,4% maior no terceiro trimestre deste ano do ue no mesmo período de 2023, com US$ 25,3 bilhões. Mesmo com a alta na receita, porém, o lucro da companhia caiu 11,5% na comparação anual, para US$ 6,9 bilhões. O lucro por ação ficou em US$ 0,81, acima dos US$ 0,76 projetados.

    O Citigroup seguiu o mesmo movimento. A receita foi de US$ 20,32 bilhões, uma alta de 1% em relação ao ano passado, mas o lucro, que foi de US$ 3,2 bilhões, representou uma queda de 9%. O lucro por ação foi de US$ 1,51, ante expectativa de US$ 1,31.

    A exceção foi o Goldman Sachs, que teve altas na receita e no lucro. A receita do banco foi de US$ 12,69 bilhões no terceiro trimestre, alta de 7,46%, enquanto o lucro foi de US$ 2,78 bilhões, alta de 47,7%. O lucro por ação foi de US$ 8,40, contra US$ 6,89 esperados.

     Com informações do G1
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