O dólar opera em forte alta e voltou a bater os R$ 6 na tarde desta terça-feira (8) após a Casa Branca, dos Estados Unidos, confirmar a cobrança de uma tarifa extra de 50% sobre todas as importações chinesas que chegam ao país.
Agora, somando-se todas as tarifas aplicadas sobre a China pelos EUA, os produtos que chegam do país asiático serão taxados em 104%.
A cobrança dessas tarifas começará na quarta-feira (9), segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Por volta das 15h10, a moeda americana era negociada a R$ 5,97.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, inverteu o sinal e passou a operar em baixa.
Nesta segunda, Trump disse que iria impor taxas extras de 50% sobre os produtos importados da China (além dos outros 34% que já havia anunciado na semana passada), se o país asiático não desistisse de retaliar os EUA.
Na última sexta-feira (4), a China anunciou que vai impor tarifas de também 34% sobre os produtos americanos, como resposta às tarifas de Trump.
O presidente americano deu um prazo até 12h – 13h, no horário de Brasília – para a China retirar a taxação, o que não ocorreu.
Durante a madrugada desta terça (8), a China disse que não vai voltar atrás e que está pronta para seguir respondendo aos aumentos tarifários. Mesmo assim, o país considera que “em uma guerra comercial, não há vencedores”.
Algumas horas depois, Trump postou em sua rede social que a China quer muito fazer um acordo, mas não sabe por onde começar. “Estamos esperando a ligação deles. Vai acontecer!”, disse.
O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou nesta terça que os EUA estão priorizando seus aliados e parceiros comerciais, como o Japão e a Coreia, nas possíveis negociações para diminuir as tarifas.