
Uma joia avaliada em US$ 150 milhões e considerada impossível de ser reproduzida marca o ápice da carreira da renomada joalheira australiana Margot McKinney. Batizado de Jardin Collier, o colar levou sete anos para ser concebido e confeccionado e reúne seis diamantes excepcionais, incluindo exemplares raríssimos nas cores violeta, vermelho, azul, rosa e amarelo, além de um diamante incolor impecável.
Descrita pela criadora como uma “ocorrência de gemas que acontece uma vez na vida”, a peça se destaca não apenas pelo valor financeiro, mas sobretudo pela raridade absoluta das pedras que a compõem. Segundo McKinney, exceto o diamante branco, todas as gemas são insubstituíveis, o que torna o colar único no mundo.
“Algumas coisas são a soma de suas partes; outras dizem respeito ao conjunto. Aqui, trata-se do conjunto. É uma joia que nunca poderá ser recriada”, afirmou a joalheira em entrevista à Forbes.
Diamantes históricos e raridade extrema
Três dos diamantes fancy coloridos presentes no colar são oriundos da mina de Argyle, na Austrália Ocidental, responsável por mais de 90% dos diamantes rosa fancy do mundo, além de exemplares extremamente raros nas cores vermelha e violeta. A mina encerrou suas atividades em 2020, após 37 anos de operação, o que elevou ainda mais o valor histórico e comercial dessas gemas.
A peça começa com o “Imperial Violet”, um diamante violeta de 1 quilate em formato de pipa, considerado um dos mais raros já extraídos. Em seguida, surge um diamante azul fancy vivid de 10,08 quilates, cujo valor individual pode ultrapassar US$ 25 milhões em leilões internacionais.
O colar ainda traz o “Marigold Majesty”, um diamante amarelo-alaranjado de 5,15 quilates; o “Cherry Pink”, diamante rosa vivid de 2,03 quilates; o “Red Heart”, um raríssimo diamante vermelho de 0,75 quilate em formato de coração; e, por fim, o “White Heart”, um diamante incolor flawless de 5,01 quilates, que ancora a composição.
Design e exclusividade
Confeccionado em ouro branco 18 quilates, o Jardin Collier apresenta uma composição vertical minimalista, distinta do estilo mais orgânico tradicional de McKinney. A joalheira explica que o design foi pensado para que os diamantes fossem os protagonistas absolutos da peça.
“Eles exigiam um palco à altura. É uma joia chique, sofisticada e feita para permitir que essas pedras extraordinárias brilhem”, destacou.
Joalheira de quarta geração, Margot McKinney é reconhecida internacionalmente por criações ousadas, centradas em gemas excepcionais. Ainda assim, ela afirma que o colar representa algo singular até mesmo dentro de sua trajetória.
Venda restrita e réplica autorizada
Devido ao valor e à raridade, a apresentação do colar é feita de forma extremamente discreta, apenas em atendimentos privados. McKinney revelou ainda que encomendou uma réplica idêntica da peça, que pode ser exibida e utilizada pelo futuro comprador, enquanto o original permanece guardado em segurança.
“Quem vier a ser o novo proprietário importa para mim. Sou muito cuidadosa ao mostrá-lo”, afirmou.
Segundo a joalheira, o Jardin Collier pode ser considerado um dos colares de diamantes mais importantes e raros já produzidos na história da alta joalheria, uma peça única, irrepetível e destinada a um seleto grupo de colecionadores no mundo.

