Cimed fatura R$ 3,6 bi em 2024, bate recorde em dezembro e mira mercado do Ozempic

A Cimed encerrou 2024 com um faturamento de 3,6 bilhões de reais, um crescimento de 22%, mas abaixo da meta de 4 bilhões estabelecida para o ano. Os números auditados serão divulgados apenas em março. Segundo o CEO João Adibe Marques, o resultado foi impactado pela tentativa de aquisição da Jequiti, que não foi concluída.

Apesar disso, a companhia terminou o ano com receita mensal recorde de 500 milhões de reais. “Dezembro foi o melhor mês da nossa história. Esse desempenho reflete a força do nosso portfólio e da nossa capilaridade, que nos permite estar presentes em mais de 98% das farmácias brasileiras”, diz João Adibe Marques.

Mesmo com o ajuste nas metas, a Cimed segue confiante para o futuro. A empresa estabeleceu o objetivo de atingir 5 bilhões de reais em 2025 e projeta chegar a 10 bilhões até 2030, investindo em expansão fabril, novas categorias de produtos e soluções para transformar o mercado farmacêutico nacional. Entre os pilares da estratégia estão o fortalecimento das supermarcas, como Lavitan, Carmed e Xô Inseto, e o avanço do Foguete Amarelo, uma plataforma que oferece crédito e suporte para pequenos varejistas, setor que representa 20% do faturamento da companhia.

Além disso, a farmacêutica está atenta às oportunidades no mercado. O CEO aponta que categorias como maquiagem, perfume e cosméticos estão no radar da empresa, assim como aquisições estratégicas que complementem o portfólio.

João Adibe Marques também tem planos de entrar na corrida pelo Ozempic. Com a queda da patente em 2026, a Cimed já negocia a importação com um parceiro internacional.

Outro foco para o futuro é a construção de uma fábrica no Nordeste, com planos para fortalecer a produção em categorias como higiene e beleza, além da ampliação da unidade de Minas Gerais para dobrar a capacidade produtiva.

O CEO reforça que, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador, o modelo verticalizado e os preços acessíveis da Cimed garantem resiliência e competitividade. “A Cimed sempre cresceu em crises porque estamos onde o consumidor mais precisa: em produtos acessíveis, distribuídos de forma eficiente e conectados às necessidades do mercado”, diz.

Category: Destaques, Negócios
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