A Paraíba encerrou o ano de 2024 com um aumento de 16,5% na venda de veículos seminovos e figura com o segundo maior crescimento da região Nordeste. Conforme dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), foram comercializados 196.131 veículos no estado ao longo do ano passado, enquanto em 2023 foram contabilizadas 168.322 vendas.
Somente no mês de dezembro a entidade registrou 24.926 veículos vendidos, o que representa um aumento de 50,2% em relação ao mês de novembro e de 9,6% quando comparado a dezembro do ano anterior.
Quando avaliado o tempo de uso, os veículos que possuem 13 anos ou mais lideram as vendas, com 55.968 registros, seguidos pelos usados jovens (55.416), usados maduros (44.491) e seminovos (40.256).
Entre os automóveis, os modelos preferidos pelos paraibanos foram VW Gol, GM Onix e Fiat Uno. Na categoria comerciais leves, os mais vendidos foram Fiat Strada, Toyota Hilux e VW Saveiro. Os modelos Honda CG150, Honda NXR150 e Honda Pop 100 foram os mais comercializados entre as motocicletas.
O presidente do Sindicato dos Lojistas de Veículos Seminovos da Paraíba, Fábio Santana, considerou excelente e surpreendente o desempenho do segmento na Paraíba, porém destacou que uma série de fatores contribuíram para o resultado positivo, a exemplo da melhora na oferta de crédito, capacitação dos agentes, profissionalismo nas vendas, redução de fraudes e protagonismo de João Pessoa no cenário nacional.
“Nós temos um estado com as contas saneadas, João Pessoa é uma das poucas capitais com crescimento no número de habitantes e se tornou a queridinha do Brasil. Muito turista vem para cá, esse dinheiro circula no mercado com um todo, além disso, muitos desejam morar na cidade e consomem os nossos veículos.
Ele destaca que em todo o país foram vendidos 15.7 milhões veículos, superando as previsões do setor. “A gente credita isso a oferta de mais crédito aos consumidores, desemprego em queda, inflação controlada. Quanto mais gente com empregos, o poder aquisitivo aumenta. Também houve a confiança no mercado que as financeiras tiveram” conclui Fábio.