João Pessoa tem maior valorização de imóveis entre as capitais

 

O bairro do Castelo Branco, em João Pessoa, apresentou a maior variação no preço dos imóveis residenciais para venda no mês de setembro, com aumento de 67,6%, de acordo com a mais recente pesquisa índice FipeZap. O preço do metro quadrado no bairro, um dos mais procurados por estudantes universitários por abrigar campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), é de R$7.668, o quarto maior da cidade.

Ainda segundo a pesquisa, no recorte dos últimos 12 meses, a capital paraibana detém a maior alta no preço de imóveis entre todas as capitais do país pesquisadas, alcançando 17%. Quando analisado o mês de setembro, a alta foi de 1,94%, a segunda maior do país. Já no comparativo com igual período do ano passado, o aumento no preço dos imóveis para venda chega a 13,26%.

Os bairros com maior aumento nos preços foram: Cabo Branco (+12,3%), Jardim Oceania (+23%), Altiplano (+11,1%), Castelo Branco (+67,6%), Brisamar (+10,9%), Manaíra (+15,3%), Aeroclube (+18,1%), Bessa (+19,2%), Portal do Sol (+6,4%) e Torre (+3,4%).

“A valorização dos imóveis residenciais em João Pessoa tem se destacado de forma expressiva, posicionando a cidade como um dos principais polos de crescimento do setor imobiliário no Brasil. Nesse período, tanto os preços de venda quanto os de locação de imóveis residenciais apresentaram aumentos significativos, impulsionados por fatores econômicos relevantes, como o desempenho excepcional do PIB da Paraíba, que tem uma projeção de expansão de 6,8% para 2024, a maior entre todos os estados brasileiros e o dobro da esperada para o país. Esse cenário de prosperidade econômica tem atraído investimentos e ampliado a demanda por imóveis, contribuindo para a valorização constante do mercado local”, explica o economista do Labimec da UFPB, Diogo Albuquerque.

Ao avaliar o desempenho da capital paraibana nos últimos meses, ele destaca que entre janeiro de 2022 e setembro de 2024 o preço médio de venda de imóveis residenciais em João Pessoa subiu de R$ 4.961,30 para R$ 6.754,20, representando um acréscimo de R$ 1.792,90, o que corresponde a uma taxa média mensal de valorização de 0,94%.

“O crescimento reflete o aquecimento do mercado imobiliário da capital paraibana, favorecido pela melhoria das condições econômicas e pelos investimentos em infraestrutura, que têm tornado a cidade mais atrativa tanto para novos moradores quanto para investidores. Em comparação com outras capitais nordestinas, como Natal e Salvador, João Pessoa se destaca pelo ritmo acelerado de valorização”, pontuou Albuquerque.

O economista acrescenta que ao comparar João Pessoa com outras grandes cidades brasileiras, observa-se que, embora os preços absolutos ainda sejam inferiores aos de metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, a taxa de crescimento em João Pessoa é consideravelmente maior. Em São Paulo, por exemplo, o preço médio de venda cresceu apenas 0,42% ao mês, enquanto João Pessoa registrou um ritmo de 0,94%.

Para ele, o desempenho nos últimos 32 meses reflete o robusto crescimento econômico da cidade, sustentado por investimentos em infraestrutura e pela crescente demanda habitacional. “Com aumentos expressivos tanto nos preços de venda quanto de locação, João Pessoa se consolida como uma das cidades mais promissoras do mercado imobiliário nordestino. A combinação de fatores econômicos favoráveis e a qualidade de vida elevada continua atraindo novos investimentos, sinalizando que a tendência de valorização deve se manter nos próximos anos”, concluiu.

Resultado nacional – O Índice FipeZAP registrou um aumento de 0,71% em setembro, desacelerando marginalmente em relação à variação observada nos dois meses anteriores (+0,76%). Comparativamente, o incremento foi relativamente maior entre imóveis com três dormitórios (+0,76%), ao passo que unidades com quatro ou mais dormitórios apresentaram a menor valorização mensal (+0,66%).

No último mês, o IGP-M/FGV exibiu uma inflação de 0,62%, enquanto a prévia do IPCA/IBGE de setembro, dada pelo IPCA-15, indicou um aumento médio de 0,13% nos preços ao consumidor. Individualmente, a alta nos preços abrangeu 54 das 56 cidades acompanhadas pela pesquisa.

Com informações do Pauta Real

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