Não há outra cidade no Brasil com tanta empresa de tecnologia por número de habitantes como Florianópolis, capital de Santa Catarina, no sul brasileiro. São 7,4 negócios tech a cada 1.000 habitantes na ilha, à frente de São Paulo e de Curitiba, por exemplo.
O número ajudou a cidade a se tornar, por lei, a Capital Nacional das Startups.
O decreto foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, 2.
“O ambiente de negócios em Florianópolis é extremamente favorável para o surgimento e a consolidação de startups”, diz o relator do projeto no Senado Federal, o senador Esperidião Amin. “A cidade oferece uma série de incentivos fiscais e programas de apoio ao empreendedorismo, que facilitam o acesso ao crédito e reduzem os custos operacionais, permitindo que essas empresas invistam mais em pesquisa e desenvolvimento e menos em burocracia e impostos”.
Qual é a história de inovação de Florianópolis
Na cidade, que é, também, uma ilha, investimentos na área digital começaram a engatinhar na década de 1980. Na época, a cidade contava com menos de 200.000 habitantes.
As principais universidades públicas impulsionaram o nível de desenvolvimento e escolaridade na região, com destaque para a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) e IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina). Logo depois, surgiu por ali a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), uma referência em auxiliar o desenvolvimento tecnológico, assim como a Fundação Certi.
Uma cultura de valorização à educação foi fomentada, atrelado a incentivos governamentais, com cursos e eventos gratuitos para o desenvolvimento da área de tecnologia.
Era o embrião de um novo mercado que hoje emprega mais de 32.000 pessoas na cidade e que deu à Ilha da Magia, como Florianópolis é conhecida, um novo apelido: a Ilha do Silício — uma referência ao Vale do Silício, polo de inovação dos Estados Unidos e berço de negócios como Google e Facebook.
Com informações da Exame