As negociações do dólar abriram em alta nesta quinta-feira (17/7). Por volta das 9h30, a moeda americana registrava elevação de 0,84%, a R$ 5,60. Às 9h45, o aumento era de 0,59%, a R$ 5,59. O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), operava em queda de 0,12%, um percentual próximo da estabilidade, aos 135.351 pontos, às 10h15, pouco depois da abertura do pregão. Às 10h30, o recuo era de 0,25%, aos 135.178 pontos.
O avanço da moeda americana seguia uma tendência global. O índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas de países desenvolvidos, subia 0,43% às 9h50. Na comparação com países emergentes, a inclinação também era de alta. Sobre o peso mexicano, por exemplo, ela estava em 0,48%.
Nesta quinta-feira, os investidores seguem repercutindo o imbróglio tarifário criado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano fixou uma sobretaxa de 50% sobre os produtos importados do Brasil. A medida deve entrar em vigor em 1º de agosto.
Trump também acionou, na noite de terça-feira (15/7), o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) para investigar o Brasil. Nesse caso, o órgão analisa supostos “atos, políticas ou práticas” que possam prejudicar o comércio americano.
Ataque ao Fed
Outro fator que elevou a tensão nos mercados foi uma nova carga de ataques do presidente americano contra o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell. Nessa frente, seguem fortes os rumores sobre a intenção de Trump de demitir Powell, que tem sido severamente criticado pela manutenção dos juros em patamares elevados, hoje fixados no intervalo entre 4,25% e 4,50%.
IOF no Brasil
No cenário interno, os investidores refletem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou parte dos aumentos do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida representou uma vitória do governo e pode acirrar a relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo nas próximas semanas.