
O ouro está cada vez mais em destaque no mercado, com alta de 26,43% no Brasil neste ano, mostrando-se um verdadeiro “porto seguro” para investidores diante da instabilidade global. A onça-troy, medida internacional equivalente a 31,1 gramas, chegou a R$ 18,8 mil para compra e R$ 21,6 mil para venda nesta quinta-feira (2).
Especialistas apontam que a valorização vai além do Brasil: cortes de juros nos EUA, enfraquecimento do dólar, aumento das reservas de bancos centrais e tensões internacionais puxam o preço para cima. Em agosto, ETFs de ouro nos EUA e Europa receberam US$ 5,5 bilhões em investimentos, impulsionando ainda mais a cotação.
No país, o real mais forte não impediu a alta: segundo Mauriciano Cavalcante, da Ourominas, a liquidez e a escassez do metal também contribuem para o cenário positivo. Analistas preveem que a valorização pode continuar até o fim de 2025, principalmente se os juros nos EUA caírem e o dólar seguir em baixa.
O ouro continua sendo visto como proteção contra crises e inflação, embora possa apresentar oscilações de curto prazo. Especialistas recomendam que investidores moderados reservem de 3% a 10% da carteira para o metal, podendo chegar a 25% em casos mais especializados, seja em ouro físico, ETFs ou ações de mineradoras.
Segundo Marco Antonio Mecchi, da Azimut Brasil Wealth Management, “o ouro é um porto seguro relativo: preserva valor, mas não garante ganhos contínuos”. Ainda assim, seu brilho histórico permanece, reforçando seu papel de estabilidade e proteção financeira em tempos de incerteza.
Com informações da Forbes