
Fafá de Belém completa 50 anos de carreira em 2025 e transforma essa trajetória em celebração, arte e ativismo. O espetáculo “Filha do Brasil”, inspirado nas lives da pandemia, revisita mais de 60 músicas esquecidas até pela própria cantora, unindo memória e emoção.
A artista também terá sua história contada em diferentes formatos: documentário para o Canal Brasil, cinebiografia “Fafá, a Garota do Norte”, com Dira Paes e Isadora Cruz, e o musical “Fafá de Belém”, que estreia em novembro no Theatro da Paz, em Belém, com cenários poéticos e figurinos que evocam a Amazônia e a cultura cabocla.
Além da música, Fafá é uma voz ativa pela Amazônia. Criou o Fórum Varanda da Amazônia, que dá espaço a ribeirinhos, quilombolas e coletivos femininos em debates sobre a floresta, e participa da COP30, defendendo que a Amazônia não seja apenas cenário, mas lar de gente que precisa ser ouvida.
Para ela, identidade e memória passam também por sabores e cheiros de Belém: bacuri, cupuaçu, tucupi, jambu e maniçoba fazem parte de sua vida e sua arte. O projeto Varanda de Nazaré, durante o Círio, é outro espaço de cultura, fé e discussão sobre o futuro da Amazônia, envolvendo até suas netas.
Fafá carrega o legado da família, a disciplina e intuição herdadas do pai, e valoriza o cuidado com quem trabalha ao seu lado, destacando o apoio da filha Mariana. Sobre luxo, a cantora é direta: estar em paz, conectada à família, à natureza e à cultura amazônica é o verdadeiro luxo.



