Inquieto, generoso e técnico. Esses são adjetivos pelos quais jornalistas que trabalharam com Agnaldo Almeida o qualificaram durante o lançamento do seu primeiro livro: “Deu no Jornal — volume 1”. O evento ocorreu ontem, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa.
A escolha da data do lançamento não foi aleatória. Hoje, a morte do “ombudsman da imprensa paraibana” completa um ano. A reunião de textos publicados, no Jornal A União, em 2012 e 2013 — dois primeiros anos da coluna homônima do livro — foi de autoria da diretora-presidente da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), Naná Garcez, esposa de Agnaldo. “A coluna era um resumo do pensamento dele em relação à prática do jornalismo, do exercício da cidadania, da ética. Então, resolvi organizar esse primeiro volume”, disse.
Além dos próximos volumes de “Deu no Jornal”, os leitores poderão, em breve, conhecer as incursões de Agnaldo por outros gêneros. “Ele deixou histórias de redação, da convivência com colegas de redação. Deixou também um livro sobre política, deixou ainda poesias organizadas e crônicas”, revelou a diretora-presidente.
Publicada entre 2012 e 2016 (posteriormente houve a mudança de nome), a coluna Deu no Jornal trazia uma visão ampla e profunda de temas de interesse público e sobre a própria cobertura jornalística desses assuntos. Para o diretor de Mídia Impressa da EPC, William Costa, o livro não está datado. “É uma espécie de manual de jornalismo, de literatura e de vida. Além de dominar a técnica narrativa, Agnaldo reflete sobre as regras de redação, as novidades no exercício do jornalismo, vinculando-o a questões existenciais, individuais ou coletivas. É para ser adotado nos cursos de Comunicação e lido por todas as pessoas que se interessam pelo tempo e espaço em que vivem”, argumentou.
A primeira-dama da Paraíba, Ana Maria Lins, foi emissária de uma mensagem do governador João Azevêdo. “Hoje é dia de homenagear um dos grandes nomes do jornalismo paraibano, que fez e que contou histórias, sempre pautado na ética, na apuração rigorosa e no texto irretocável”, classificou.