O Natal é a época mais esperada do ano para o comércio e para quem vai ser presenteado. E a data, muito significativa para os cristãos, será celebrada com muitos presentes, já que 67,21% dos paraibanos mostraram o desejo de presentear neste fim de ano. Esse percentual foi superior em 1,25p.p. se comparado ao do mesmo período do ano passado. Os dados são da Pesquisa de Intenção de Compras para as Festas de Fim de Ano na Região Metropolitana de João Pessoa 2024 realizada pelo Instituto de Planejamento, Estatística e Desenvolvimento da Paraíba (INDEP).
A expectativa do Presidente da Fecomércio Paraíba, José Marconi Medeiros, é que o final de ano seja promissor para as vendas. “O consumidor paraibano está mais confiante e esperamos que este desejo de presentear se transforme em um grande volume de vendas e, consequentemente, gere mais emprego e renda para a população de todo o estado”, destacou.
Neste ano, mais uma vez, os filhos serão os que mais receberão presentes, indicados por 43,37% dos consumidores, seguidos pelas mães (36,14%), esposo(a) e namorado(a) com 29,32%, pais (14,46%) e netos (11,24%). Ainda haverá aqueles que farão compras pessoais (40,48%).
Produtos preferidos, estimativa de gastos e formas de pagamento
Por mais um ano, as peças de vestuário e os calçados ficaram como as principais opções de presente, citados por 55,71% e 19,38% dos entrevistados, respectivamente. Os perfumes aparecem em terceiro lugar com 16,96%. Em seguida aparecem os brinquedos (13,49%), eletrodomésticos e eletroeletrônicos (10,73%). Desta categoria, o mais citado foi smartphone/celular (25,81%). Neste quesito, o entrevistado poderia citar mais de uma resposta o que torna a soma superior a 100%.
Em média, o gasto estimado com os presentes neste fim de ano deve ficar em torno de R$219,65, resultado superior em 5,25% ao registrado no mesmo período de 2023. A maioria dos entrevistados (31,14%) pretende gastar entre R$101 e R$250 com as compras, enquanto 30,10% dos consumidores afirmaram que darão presentes de até R$100. Já os que pretendem gastar acima de R$800 totalizam 7,96%.
Em relação à forma de pagamento, a preferência dos consumidores é a compra à vista (51,90%), destes a maior parte pretende usar o pix (58,67%) e depois aparecem os que vão usar dinheiro em espécie (34,00%). É importante destacar que esta opção está ligada aos descontos que serão oferecidos pelos empresários. Já a opção pelo pagamento a prazo foi citada por 47,40% dos entrevistados. Destes, todos irão usar o cartão de crédito e grande parte (91,97%) pretende parcelar suas compras.
Local e período de compras
A maior parte dos paraibanos (46,45%) vai dar preferência aos shoppings centers para fazer suas compras. Em seguida, aparecem as lojas localizadas no Centro de João Pessoa (32,62%). As compras via e-commerce obtiveram a terceira maior indicação, com 31,91% do total. Como os respondentes podiam informar mais de um local, o total ultrapassa os 100%.
Quanto aos motivos que levam os consumidores a escolherem os locais de compras, os preços dos produtos aprecem como sendo o principal motivo (63,12%), seguidos pelo conforto no local de compra (33,69%), a qualidade dos produtos (31,21%) e a variedade de produtos ofertados nos estabelecimentos (24,47%). Neste quesito a soma também ultrapassa os 100% já que o entrevistado poderia apontar mais de um motivo.
A maioria dos consumidores realizará suas compras em dezembro, sendo 48,40% no início do mês e 15,30% na semana do Natal. Esse grupo afirma que deixará para fazer as compras mais próximo da data na expectativa que aumentem as ofertas. Já 25,62% anteciparam as compras para novembro para aproveitar os descontos da Black Friday. Por outro lado, 0,71% de respondentes vão aguardar as liquidações que normalmente acontecem em janeiro para realizarem as compras.
13º salário e situação financeira
O estudo procurou saber o destino que os consumidores darão ao 13º salário neste ano: 39,78% pretendem pagar dívidas; 34,05% vão realizar as compras natalinas e 32,97% pretendem poupar/economizar. Como é possível a utilização do 13º para diferentes fins, o somatório das respostas ultrapassa os 100%.
A pesquisa também ouviu a avaliação feita pelos consumidores sobre sua situação financeira neste momento em relação a que tinha no Natal do ano passado. Do total, 48,14% informou que a situação financeira continuava a mesma que tinha em igual período de 2023. Já um percentual de 35,81% afirmou que está com situação financeira melhor este ano, resultado superior em 6,97p.p. ao registrado no ano passado. Destes, 40,91% tiveram aumento da renda, 31,82% conseguiram voltar ao mercado de trabalho formal e 24,68% quitaram suas dívidas. Por outro lado, 16,05% afirmaram estar com os rendimentos menores este ano.
Perfil do consumidor
A maioria dos respondentes é do sexo feminino (53,95%). Em relação ao estado civil, os solteiros (50,70%) aparecem em maioria, seguidos pelos casados ou em regime de união estável com 37,67%. Os entrevistados têm, em sua maioria, mais de 51 anos (20,70%), seguidos por aqueles com idades entre 27 e 32 anos (16,74%). A maior parte dos entrevistados possui ensino médio completo (39,53%), seguidos pelos que concluíram o ensino superior (27,67%).
Já em relação à faixa de renda, os que recebem entre um e dois salários mínimos aparecem na frente, com 30,70% do total. Um menor número de entrevistados tem renda maior que seis salários mínimos (4,19%). E um percentual de 7,20% afirmou não possuir renda, são pessoas que não têm ocupação remunerada ou estão fora do mercado de trabalho, desempregados, dependentes financeiros do cônjuge ou estudantes. Quanto à ocupação, a maior parte dos entrevistados trabalha em empresas privadas (43,95%), seguidos pelos autônomos/profissional liberal (16,74%).
Metodologia
A Pesquisa de Intenção de Compras para as Festas de Fim de Ano 2024 foi realizada com 430 consumidores selecionados de forma aleatória nos principais pontos do comércio varejista da Região Metropolitana de João Pessoa entre os dias 14 a 22 de novembro de 2024. Para que o trabalho apresentasse resultado satisfatório foi calculado um erro amostral de 4,72% e um nível de confiança de 95,00%.